Utilização do fundo pode ajudar a diminuir o valor das parcelas de um financiamento.
O financiamento de imóveis é uma das principais formas de conseguir a casa própria.
Quando negociado com o banco, ele fornece um dinheiro para que a pessoa faça a
compra e pague-a ao longo dos anos. Para o cliente, é sempre mais interessante
encontrar uma forma de pagar valores menores nas prestações, livrando-se da dívida
rapidamente.
Uma das opções de amortização de financiamento é a utilização do dinheiro do Fundo
de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Com ele, é possível encontrar condições
melhores para o pagamento, como, por exemplo, diminuindo o valor das prestações a
serem pagas a cada mês.
Neste texto, conheça um pouco mais sobre as vantagens, as regras para utilização do
fundo e o eventual risco de recorrer a esta estratégia.
Quem pode usar?
Pessoas que trabalharam por, no mínimo, três anos acumulados em carteira assinada
e tenham contribuído regularmente para o fundo podem usar o FGTS para a compra de
um imóvel. O período de contribuição não precisa ser contínuo, de forma que quem
ficou um tempo sem trabalhar pode ter acesso ao benefício por meio do ínterim
somado de contribuição.
Para usar o FGTS, não é permitido que a pessoa tenha outro financiamento em aberto.
Ela também não pode ser proprietária de outro imóvel no município em que mora ou
trabalha e deve ser a dona legítima do imóvel que será financiado.
Outros pré-requisitos exigidos estabelecem que o imóvel deve ser de uso
exclusivamente residencial. A propriedade também não pode ter sido financiada com o
uso do FGTS nos últimos três anos, assim como o investidor não pode ter utilizado o
fundo nos três anos anteriores. Por fim, deve-se encontrar um projeto em uma área
urbana.
É proibido o uso das reservas do fundo para reformar um imóvel que o proprietário já
tenha em seu nome. Também não é permitido usufruir do benefício para adquirir
materiais de construção, assim como adquirir terrenos que não tenham construção.
Quais são as vantagens?
A utilização do FGTS no financiamento é valiosa para ajudar o interessado a pagar um
bom valor de entrada na aquisição. Se a pessoa tem um saldo grande no fundo, ela
pode juntá-lo com o que já vinha separando para a compra. Combinados, esses
montantes conseguem abater boa parte do que precisa ser pago, diminuindo os custos
e o tempo das parcelas.
Como você paga menos nas prestações e diminui a quantidade delas, também acaba
economizando nos juros cobrados. Caso o valor que você pague seja superior ao
mínimo exigido na entrada, é possível até negociar taxas de juros menores para o
financiamento com o banco.
Desde janeiro de 2019, novas regras ampliaram o teto do valor do imóvel financiado via
Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Isso permite que a pessoa possa comprar um
imóvel com valor mais alto, mas ainda, sim, pagando juros menores, que não
ultrapassem 12% ao ano.
Existem desvantagens?
Apesar de os benefícios que o FGTS oferece para financiar um imóvel, a pessoa
precisa ficar atenta. A utilização do fundo requer um planejamento financeiro cuidadoso
e bem estudado, uma vez que o parcelamento irá se prolongar por meses.
Isso porque, ao utilizar o saldo do fundo, a pessoa deixa de ter uma reserva financeira.
Portanto, se ela passar por alguma situação inesperada, como desemprego, não vai ter
uma cobertura capaz de cobrir seus gastos mensais enquanto se realoca no mercado.
Como sacar o fundo para financiar um imóvel?
Em primeiro lugar, os interessados em utilizar o benefício devem verificar o saldo
disponível no fundo. Com isso, eles devem procurar uma agência da Caixa Econômica
Federal, portando documento de identidade, extrato da conta do FGTS, certidão de
casamento (se for o caso) e declaração completa do Imposto de Renda.