Informações sobre refinanciamento imobiliário

Confira quais são as condições e os valores médios concedidos pelas instituições financeiras para solicitar e pagar este tipo de refinanciamento.

As incertezas econômicas deste ano adiaram os planos de quem queria comprar um imóvel e perdeu o emprego, enquanto antecipou o planejamento de quem se manteve no mercado de trabalho e aproveitou taxas menores de juros.

Além disso, há um terceiro perfil, formado por pessoas que já estavam pagando as parcelas do financiamento imobiliário, mas se viram em apuros com as mudanças econômicas vividas nos últimos meses.

Se você deseja refinanciar uma dívida imobiliária, mas não conhece bem as condições desse processo, antes de rever o seu crédito, confira as dúvidas que mais surgem sobre este assunto.

Funcionamento

Refinanciamento imobiliário é uma modalidade em que você apresenta um imóvel como garantia na hora de pedir dinheiro emprestado a uma instituição financeira. Esta opção existe para qualquer empréstimo, incluindo o imobiliário.

Oferecer um imóvel como garantia reduz as taxas de juros que serão aplicadas na quantia a ser financiada, começando, por via de regra, em 0,99% ao mês, acrescida da correção inflacionária. No Brasil, estima-se que 60% da população tenha dívidas, sobretudo, em crediário, cartões de crédito e financiamentos. 

Neste contexto, o refinanciamento aparece como uma alternativa para quitar as dívidas e aliviar as contas, incluindo imóveis que não foram quitados. Desse modo, o valor liberado para empréstimo corresponde a uma média de 50% do total original. 

Procedimentos

Quem optar por um refinanciamento imobiliário deve ficar atento às condições estabelecidas por cada instituição. Em geral, é possível obter empréstimos entre R$ 30 mil e R$ 4 milhões, e o imóvel oferecido como garantia deve vale, ao menos, R$ 150 mil.

A instituição financeira vai analisar as condições de pagamento e o histórico devedor da pessoa que solicitou o empréstimo, a partir de documentação, que envolve desde a escritura do imóvel a ser dado como garantir até o holerite ou outro comprovante de renda mensal. O prazo para a documentação ser analisada é de até 10 dias, em média.

A etapa seguinte envolve a ida de um profissional especializado até o imóvel para analisar as condições e verificar se o valor que o cliente solicitou está adequado. Então, o cliente e o imóvel são submetidos a uma análise jurídica. O imóvel oferecido como garantia deve estar quitado e em condições mínimas de uso.

Se o empréstimo for aprovado, o contratante deve assinar um contrato para receber o valor solicitado em sua conta-corrente. No caso de refinanciamento de imóvel não quitado, não é preciso pagar uma entrada, já que os valores só serão pagos a partir da primeira parcela. Geralmente, o prazo para o solicitante quitar o financiamento vai de 2 a 20 anos. 

Regulamentações

Em julho, o Conselho Monetário Nacional (CMN) regulamentou uma nova linha de crédito que permite o refinanciamento da casa própria a partir da alienação fiduciária de bens imóveis. Na prática, isso significa que os interessados podem usar a casa própria como garantia de um novo empréstimo. 

Além de uma nova possibilidade de financiamento, essa medida tem como vantagem uma taxa de juros menor e um prazo equivalente (e não maior) do que o contrato do financiamento original.

Essa medida foi aprovada em meio às incertezas econômicas surgidas nos últimos meses no país. Contudo, mesmo podendo ser oferecida pelos bancos, ela requer atenção, já que pode significar a perda do imóvel em leilão, em caso de inadimplência, conforme prevê a MP 992.

Expectativas

Quem optar por essa nova linha de crédito deve ser pontual na hora de pagar as parcelas e não atrasar, já que, se deixar de pagar por um tempo, a instituição financeira pode decidir executar a dívida toda, o que vai implicar a perda do imóvel.

A aposta do Banco Central e de analistas do setor é que deve haver pouca inadimplência. Uma das razões é que as pessoas que se viram impossibilitadas de pagar já vinham encontrando outras alternativas junto às instituições financeira. Além disso, os bancos vão fazer uma análise do crédito de seus clientes antes de liberar o crédito.


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