Por que o brainstorming é fundamental para a sua empresa?

A importância de se reinventar a cada momento, manter a inovação e “pensar fora da caixa” é indiscutível para o mercado atual. Mas qual será o papel do brainstorming no meio disso tudo, e como ele pode ser praticado?

De fato, com uma concorrência que não para de crescer, um mercado cada vez mais saturado de soluções idênticas e um público de pessoas que, a cada dia que passa, torna-se mais exigente, não é nada fácil fazer a diferença.

Só mesmo os empresários, autônomos ou gestores para saberem como é difícil ter um funcionário alinhado, que realmente veste a camisa, bem como uma equipe capaz de trazer conquistas relevantes para um marca.

Diante deste cenário, qualquer filosofia de trabalho que possa dar uma oxigenada nas coisas certamente será bem-vinda. Aí é que entra o papel do brainstorming, que pode ser traduzido livremente como uma “chuva de ideias”, o que já diz muito.

Essa chuva de ideias ou “chuva cerebral” nada mais é do que a potencialidade de cada colaborador levada ao máximo da sua realização. Seja para a conquista de novas ideias, produtos e serviços, seja para a reformulação de ações e campanhas.

Lembrando que isso não serve apenas para o marketing e a publicidade, embora tal estratégia tenha se consagrado nesse meio. Hoje em dia, todos os departamentos e setores da empresa precisam de inovação e conquistas diárias.

Às vezes a resolução de problemas internos (como alinhamento entre líderes e subordinados), ou mesmo externos pode ser mitigada por esforços que se iniciam em dinâmicas como as do brainstorming.

Realmente, vivemos uma época em que cada marca precisa compreender que seu maior ativo não está no maquinário ou nos cofres da empresa, mas nos seus funcionários. Isso é o que alguns chamam de “capital intangível”, ou mesmo “capital intelectual”.

A prova disso está no fato de que, ainda hoje, os maiores problemas de uma organização corporativa só podem ser resolvidos por pessoas. Mesmo quando há auxílio de máquinas e tecnologia, o esforço principal parte de seres humanos.

Portanto, não pense que os frutos de um brainstorming bem-feito são facilmente substituíveis. Na verdade, é a partir deles que costumam surgir grandes marcas, ainda no início delas, com o esforço dos sócios e fundadores.

Então, para compreender como dominar essa modalidade de reunião e de trabalho, e tirar dela os melhores proveitos para o curto e o médio prazo, é só seguir adiante na leitura.

O que exatamente é o brainstorming?

Como vimos, ele vai muito além de uma simples reunião de pessoas, já que precisa seguir alguns formatos já consagrados caso queira atingir os melhores resultados. Ao passo que uma reunião tradicional não costuma envolver algo tão ambicioso.

Sua importância pode incluir até a contratação de pessoas. Então, você já imaginou um escritório de assessoria jurídica trazer novos talentos com base em uma dinâmica que diz muito mais sobre os candidatos do que uma simples entrevista individual?

Isso demonstra como o brainstorming se constitui de um método baseado especialmente no esforço coletivo, em detrimento do esforço individual ou daquilo que no meio corporativo se chama de o papel de um “lobo solitário”.

Realmente, as empresas têm se interessado cada vez menos por esse perfil de funcionário que se acha genial (e talvez até seja mesmo), mas infelizmente não consegue lidar com pessoas, precisando criar tudo sozinho e sem muitos incômodos.

Hoje o mercado pede pessoas que gostem de pessoas. Isso não quer dizer que todo mundo precisa ser extrovertido, pois introversão e extroversão são apenas traços fixos de cada personalidade, mas que precisam se abrir para o trabalho em equipe.

Aí está outra importância do brainstorming, que traz esse aspecto fundamental para a cultura de qualquer empresa. Também por isso, uma agência de empregos temporários e os recursos humanos em geral têm dado tanta atenção a esse método.

Mas vale lembrar que, embora seja algo relativamente novo no Brasil, o método foi fundado na década de 1940, nos EUA, por Alex Osborn. Trata-se de um publicitário que faleceu em 1966, e que durante muitos anos estudou a questão da criatividade.

Por dentro das etapas fundamentais

Tudo começa por meio de um bom planejamento, não é mesmo? Com o brainstorming a situação praticamente não muda, apenas existe a diferença de que ele precisa ser um pouco mais maleável e flexível, se quiser ser realmente eficiente e trazer bons resultados.

Imagine uma reunião sobre ampliação de uma marca no setor de indústria de massa. Certamente, ela não vai poder cumprir etapas muito engessadas, que impeçam as pessoas de falarem ou se expressar.

Pelo contrário, é preciso pensar em maneiras que façam com que todos se sintam à vontade para tomar a palavra e se posicionar. Um modo bacana de fazer isso é saindo do ambiente físico da empresa, o que inclui várias possibilidades.

Se a reunião for urgente e incontornável, boas ideias pontuais podem surgir no corredor do elevador. Já se ela for incluir mais pessoas e processos mais demorados, é indicado que se alugue um espaço, talvez durante um fim de semana.

Uma dica indispensável é escolher de antemão quem deverá participar. Como todos precisarão ter liberdade, o segredo está nessa pré-seleção. Além disso, apesar da equidade de opiniões, é preciso que haja uma liderança bem definida, evitando dispersões.

Não é difícil imaginar como um brainstorming sobre o design de um novo café em sachê pode trazer ideias que uma pessoa sozinha, ou um time mal organizado, jamais conseguiriam atingir de maneira realmente proveitosa e inovadora.

Por isso, tudo começa definindo o desafio da reunião, como uma etapa tradicional de definição de planejamento. E termina com o time e o líder selecionando quais foram as melhores ideias, em termos de realização, facilidade, custo-benefício, etc.

Como usar mapa mental e os post-its?

Além de uma proposta central de participação coletiva e canalização de talentos, o brainstorming costuma envolver outras técnicas paralelas que, praticamente, já fazem quase que parte integrante do seu processo.

Uma delas é a do mapa mental, que hoje é aplicada até mesmo em trabalhos de escolas e universidades. Se o foco é realizar algo como um coffee break para eventos, você deve colocar essas palavras-chave no centro do quadro.

Depois, as soluções vão se expandindo em torno do centro do desafio. Neste caso, várias questões poderiam ser elencadas, entre as quais:

  • Onde realizar o evento?
  • Quem vai organizar?
  • Quais serão os convidados?
  • Quem vai participar dele?
  • Quais serviços vão fazer parte?
  • Quem vai contratá-los?

E daí em diante, deixando bem claro que o mapa mental foi, no fundo, o elemento que desencadeou toda a organização do evento, permitindo que todos os participantes tivessem uma visão de conjunto.

Outra técnica muito famosa, que pode funcionar como uma variação do mapa mental, é a dos post-its, que são os famosos adesivos coloridos em formato de bilhete. Eles tornam todo o processo muito mais visual, e ainda colaboram com a inclusão.

Sim, pois se numa reunião de uma fábrica de carrinho auxiliar para salão alguém não pode falar, por qualquer motivo que seja (inclusive por timidez), a pessoa consegue participar apenas escrevendo suas ideias no papelzinho.

Tudo isso demonstra como o brainstorming pode acompanhar toda uma cultura corporativa e organizacional, incluindo suportes que estão sempre empenhados em extrair o melhor de cada colaborador, seja ele quem for.

Pensando realmente “fora da caixa”

Outras regras ainda mais ousadas de dinâmica de grupo podem incluir técnicas que sirvam de Plano B para os gestores que já tentaram performar de outro modo e estão sem muito retorno. Um exemplo clássico é a do brainstorming tangível.

Tangível nada mais é do que aquilo que pode ser tocado. No marketing é muito comum recorrer a esse recurso, mas noutros casos também é possível. Se o problema é como adaptar um container lanchonete, que tal fazer a reunião dentro do próprio container?

É disso que se trata, de mostrar como o aspecto presencial e material das coisas pode ajudar na criatividade e na liberação de ideias e potencialidade de cada um. Outra estratégia igualmente ousada é a do brainstorming oposto.

Sim, “oposto” mesmo, que é o esforço de, após tentar algumas ideias propositivas e chegar num beco sem saída, pedir que os participantes tragam, simplesmente, formas de não atingir o objetivo que se espera.

Se o desafio está em melhorar o setor de logística da movimentação de cargas, todos começam a listar sugestões como: não marcar o endereço de cada carga, não utilizar máquinas e transportes, jamais seguir os protocolos de segurança, e daí em diante.

No passo seguinte, é só inverter essas soluções e começar a vislumbrar saídas que talvez no começo parecessem inacessíveis ou improváveis. Além de que essa estratégia costuma gerar boas risadas e descontrair um pouco o ambiente.

Com isso, vemos que o brainstorming pode ser fundamental para qualquer gestor ou empresa que queira ideias realmente inovadoras e eficientes, tanto para o dia a dia quanto para conquistas de médio e longo prazo.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.


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